Para quem não acompanha o futebol, há um debate sobre a utilização (ou não) de tecnologia durante as partidas, no sentido de auxiliar o trabalho do juiz e seus bandeirinhas em suas marcações. Assim, por exemplo, a penalidade máxima, o impedimento, uma falta e um cartão vermelho seriam sempre assinalados corretamente. Enfim, não haveria dúvidas. Com tal argumentação, pareceria óbvio adotar-se esse tipo de recurso isso já de imediato. Pareceria...
A realidade é que há, e muitos, defensores da manutenção desse árbrito munido de todas as limitações que ele atualmente carrega . Tudo isso, pois seria a dúvida ou a incerteza que essa "imperfeição" produz (mesmo que as telas de tv eliminem na prática essa possibilidade) a responsável por parte importante da emoção que esse esporte bretão promove em quem o vê. Resumindo, impor a tecnologia a esse esporte significaria torná-lo por demais "sem graça". Previsível. Diga-se de passagem, isso é o que afirmam o atual presidente da FIFA e outras figuras de relevo nesse universo como o ex-jogador Franz Beckenbauer. Não é pouca porcaria de gente.
A verdade é que fiz essa introdução só para sugerir mais um DVD, pois mesmo compreendendo e concordando que, em parte, a introdução da tecnologia em diversas esferas da vida nos faz perder parte do encantamento romântico de outrora, após assistir o bem-dito, admito que ela é capaz de emocionar também.
A dica é o recém-lançado Live At Last do conhecido Stevie Wonder. E como diz um amigo meu carioca, "só te digo uma coisa: é manero!". O show emociona desde o princípio e pra quem aprecia música negra, pop, jazz e até romântica é tiro certo. O carisma do negão (ele tá gordo) transborda em cada faixa selecionada de sua carreira. O cara estraçalha na voz, nos teclados e na liderança de uma banda competente composta de brancos, pardos e negros, mesmo que ele não seja capaz de reconhecer isso (pelo menos no olhar). Depois de assistir o show do sofá deu vontade de saber mais dessa "revelação" (na minha vida). Deu vontade até de escrever um post.
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- Andre Chui de Menezes
- São Paulo, SP, Brazil
- Administrador e sociólogo de formação, publicitário na ocupação atual. Descobriu que pode ser legal divulgar certos pensamentos dele, sobre fatos, questões ou mesmo futilidades, desde que isso sirva pra alguma e qualquer coisa. Pra ele e ou pra você. Sem nenhuma pretensão do que isso pode significar.
Se faltar no futebol, relaxa que o Stevie Wonder garante nossa dose diária de emoção...o negão é chique demais !
ResponderExcluirCara...sou a favor da modernização do futebol: implantação de um segundo árbitro com recursos de vídeo, 4 tempos de 15 minutos com cronômetro regressivo (igual basquete), parando quando a bola parar ou durante atendimento médico a algum jogador.
Acho absurdo o jogo só acabar quando dá na cabeça do juiz, um país ficar fora de uma Copa por causa de um gol de mão ou um impedimento "não anotado" e por aí vai... O basquete americano p. ex. é cercado de $$$ e tecnologia, e não vejo faltar competitividade ou emoção. Aliás, nosso futebol tinha tudo para ser uma atração internacional como é o basquete americano...mas como bem definiu Juca Kfouri: "Ao invés de trazer o turista pra Disney, a gente vende o Mickey."
Saudações tricolores !
Alex Stivanin
Oba
ResponderExcluirJá tenho uma boa idéia sobre o que responder se me perguntarem "o que você quer no Natal?".
Confio sobremaneira no seu gosto.
Independentemente disso, não concordo com a afirmação de que a tecnologia, nesse caso, se aplicada, tirará parte da emoção. Pense no seguinte: um cartão vermelho dado incorretamente pode mudar o curso de um jogo e vice-versa, ou seja, um cartão vermelho não dado incorretamente pode não mudar o curso desse mesmo jogo. É outra emoção, mas não dá para dizer que ela sumiu. A precisão (se é que será possível) também será fonte de emoção. Deu para entender?
Beijos
Regina
André
ResponderExcluirDe uns tempos para cá e cada vez mais daqui pra frente, essa questão de “progresso versus romance” estará diante de todos nós todo o tempo.
Acharemos romance nas técnicas e introduziremos técnica nos romances. E isso, pra vida valer a pena!
Menezes